@mode: estou de volta, ainda que, a meio gás!
Lembram-se daquela coisa chata que há pouco tempo apelidei de “gripe”?! Pois, não era bem uma gripe… A malvada da sinusite crónica que me acomete juntou-se à rinite. Ainda, sentindo-se mal-acompanhadas, chamaram uma otite e, definitivamente, a três as coisas têm mais piada!
Enquanto uns festejavam a passagem do ano eu fiquei, confortavelmente, instalada no meu sofá a ler um livro. Nas 12 badaladas, ainda pensei procurar umas quantas uvas-passas para formular os pedidos de Ano Novo… Fui ver, não havia! Foram todas ao tacho no último chutney. Helás… Não pude sequer tomar de assalto a ramada das vides, que nas varandas só tenho Kumquats! Mas o livro compensou as uvas. Tinha sido abandonado na cabeceira da cama, já a meio, há coisa de 2-3 meses. No dia 31, acabei por lê-lo, desde o início, e recomendo vivamente a sua leitura aos meus amigos e seguidores. Este é mais um daqueles livros que, mesmo depois de lido, conquistou um lugar à minha cabeceira, para o folhear de quando em vez, e não me esquecer dos seus ensinamentos.
Não sou nada dada a superstições nem a comemorações de datas só porque sim. Acredito sim, que esta maleita me estava destinada e acabou por vir na altura certa (olha se fosse há um mês atrás?!). Os últimos meses do ano correram-me MESMO de feição. Contudo, no meio do tanto que faço num dia, algo cai sempre no esquecimento: eu. Para não variar, cuidei pouco de mim nos últimos tempos. Por isso que aprendi a gostar cada vez mais de Janeiro, um mês de calmaria.
Trabalhei muito e colhi frutos na mesma medida. Contudo, trabalhar em demasia não é sinónimo de pleno sucesso. O trabalho é castrador da criatividade, não sendo, por isso, o melhor caminho para o êxito. Cada coisa tem o seu peso e a sua medida. Valem-me meses como Janeiro, para me disciplinar e focar (ainda mais), reabilitar e me reinventar.
Por aconselhamento médico fiquei de quarentena, em casa, nos últimos dias. No dia 1 de Janeiro dei entrada no hospital, injectaram-me e inalei uma poção mágica! A pressão da dor de cabeça quase acabou. Agora, parece que vivo dentro de um aquário com um ouvido a fazer “glu-glu”. O dito que também fez “Pum!”, rebentou e até deitou sangue… Bolas, nunca tal imaginei que pudesse acontecer! Ainda me lembrei duma crença que ouvia em piquena, que dizia que “todos tínhamos um bicho no ouvido, se ele morresse nós teríamos o mesmo destino ou ficávamos surdos”. Da crença, só fica por apurar a (não) veracidade da segunda parte…
Que sejas bem-vindo Janeiro, para eu voltar às minhas caminhadas, às subidas dos escadórios do Santuário do Bom Jesus do Monte, às minhas músicas do Spotify e às bonitas fotos dos meus doces no meio da natureza. Bem-vindo sejas Janeiro, que me tragas MUITA inspiração para fazer desta minha Groselha-espim um legado. Um legado, que o meu sucessor, um dia, saiba fazer crescer mais, progredir e expandir, com o mesmo amor e prazer que eu hoje lhe dedico.
E porque estou fanhosa e com vontade de me submeter a uma cirurgia ao “desvio do septo nasal direito, que possui uma crista vomeriana em contacto com o corneto inferior” (a ser, que seja de morango!), deixo convosco a magnífica rábula de Raúl Solnado, a “Cirurgia Plástica”:
https://www.youtube.com/watch?v=XqmZNoIejpw