Juro, estou em êxtase!
À parte do perfume das muitas especiarias do Molho de Beterraba e Laranja, podem acreditar que aqui por casa não paira no ar qualquer substância que fundamente este meu verdadeiro estado de euforia. Pareço uma criança a quem deram um delicioso rebuçado (de longa duração) ou talvez um tablet, para ser mais actual.
Hoje trabalhei imenso, do meu fogão saíram todos os frascos que vêem na imagem, e estou com uma valente dor nas “cruzes”. Mas ando aqui como se nada fosse, não caibo em mim de tão contente! E porquê?! Porque padeço da doença patológica (e incurável, assim espero) das pessoas que gostam MUITO daquilo que fazem e estou, verdadeiramente, siderada com a minha última criação: o Sumo de Ruibarbo!
Depois dos “beta testers” terem aprovado a bebida, hoje voltei aos tachos e optimizei o processo de confecção: o sumo da planta foi extraído a vapor. Livrei-me de algumas horas de ping-ping e deixei cair a palavra “concentrado” do nome da bebida. O precioso néctar que vêem na foto resulta da transformação de 4kg de ruibarbo limpo e preparado que, para minha grande surpresa, tem uma fantástica cor alaranjada, mesmo quando em Portugal, devido ao nosso clima, os ruibarbos possuem caules mais verdes que nos países nórdicos.
Caríssimos amigos e seguidores, aqui não se vende nem mais um único talo de ruibarbo! Já não volto a olhar desconsolada para a plantação que tenho no quintal dos meus pais. Ainda bem que, por lá, arrancar plantas é crime e não se cometeu tamanha chacina.
Agora, peço ajuda aos químicos/biólogos/farmacêuticos/afins que me lêem desse lado: como faço eu para que esta bebida tenha mais conservação? Existe algum aditivo natural ou só mesmo um “E”? Na receita manda seguir o mesmo processo de conservação dos doces/compotas comuns, fervendo os frascos depois de cheios, mas parece-me insuficiente. Fica aqui o repto.