Vulgares, mas lindas. Não sei o nome mas, tal como os jarros que já colhi, são também plantas de bolbo. No meio das ervas daninhas, ainda sobrevivem flores doutros tempos, doutras vidas.
Na aldeia dos meus pais, antes das "modernices" que agora aparecem nas floristas, eram flores como estas que enfeitavam o altar do Santo António. Muitas pessoas, incluindo a minha mãe, ajudavam a zeladora da capela com as flores do seu quintal. Ao domingo, lá ia eu com um raminho a casa da "Tia Adelaida Freira" (que não era minha tia), da irmã da mulher do Ti Alfredo (raios, não me ocorre agora o nome, socorro!) e, por último, da Lurdes, do "fundo do povo".
- Não te demores!
Só que não. Eu ia mas tardava a voltar.
- A minha filha é como o burro do moleiro: onde vai, fica.