Ainda não tenho plantas (vulgo, suculentas++), jardim, nem casa. Mas na sexta chegaram cá a casa 150 destas etiquetas que comprei há semanas na Net. Eu me confesso: já estou viciada sem antes começar o vício!
Serei louca?! Talvez, mas acho que não estou só!
Vou contar-vos o que ficou por dizer sobre o meu presente do Dia da Mãe…
Domingo saí cedo para ir cortar o mato ao terreno (rais’parta que a erva cresce comó caraças!) e o Miguel ficou em casa a arranjar-se para ir “às compras”. Recomendei-lhe que não se esquecesse de levar a chave, porque eu iria demorar-me mais que ele.
– Mãe, já cheguei a casa, podes vir! – ligou.
Bati à porta:
– Já vou… Já vou… (*demora e ruge-ruge*). Abriu a porta e oferece-me a planta só com o vasinho.
Depois dos abraços e dos mimos, vou-me às lides da casa e descubro o saco da planta com a etiqueta do preço. Coloquei-o na reciclagem. Passado umas horas, arrependi-me. Fui pôr a etiqueta a salvo para memória futura.
Talvez no dia seguinte, falávamos os dois sobre o meu presente e sobre a sua ida às compras. Diz ele:
– Sabes, havia lá uma planta mais cara, mas eu trouxe esta que custou X porque achei que ias gostar mais da cor…
– Oh filho, não precisavas de ter dito o preço!
– Não faz mal.
– …Sabes… eu vi o preço... Tu esqueceste-te do plástico na lavandaria!
– Não esqueci não! Deixei de propósito, para tu saberes a temperatura e a rega que a planta tem de ter!