“Querido Diário de Bordo,
É domingo à noite, não há nada de jeito que se coma nesta casa. Estou inquieta. Vou ter de me levantar mais cedo… A monitora do ATL enviou a mensagem do costume e, desta vez, dizia: “(…) amanhã vamos para a Quinta Pedagógica (…) NÃO ESQUECER LEVAR ALMOÇO e lanche (…)”.
Fui ao Lidl na sexta-feira, comprei 4kg de farinha, fermento, Vaqueiro e apaixonei-me por dois vasos de “Campanula Flower”. Fiz os folares e foram para oferta. Fui ver agora e… nem o catano das flores são comestíveis!
Constatei, consternada, que afinal algo ficou por fazer/comprar na sexta…
Oh querido diário, como queria fazer uma foto bonita do meu Doce de Groselha-espim! Mas não há queijo, nem um baguito de uva ou uma cereja! Também é nestas alturas que penso que dava jeito saber alguma coisa de fotografia, cozinha minimalista e empratamento…
Abro todas as gavetas de cozinha, do frigorífico, do congelador, sempre com o telemóvel em riste, sob o olhar atento do meu assistente. Assalto o vaso à janela e reclama ele: “Estás maluca mãe?!”.
Acho que sim.”