Se as galinhas (andam doidas!) e te dão ovos, fazes folares… (“fazes”, como forma verbal do verbo “fazer com a ajuda da Bimby”!).
Fiz duas massas seguidas e, enquanto uma ficou em modo “stand by”, fermentou demais e depois transbordou.
Os folares são para os meus pais, que preferem estas coisas às melhores das iguarias. Lá na aldeia é comum fazê-los em assadeiras de barro.
Amanhã vamos à aldeia. O meu piqueno já experimentou a delícia/vício de ir à procura dos ovos das galinhas! Quem na infância não soube o que era esperar que a galinha cantasse para ir buscar o ovo ao ninho, quem nunca descobriu um amontoado de ovos no meio do palheiro, quem nunca disputou uma corrida com os irmãos/primos ao palheiro a ver quem trazia mais ovos “perdidos”, não viveu uma infância tão feliz!
Por mais estúpidos que estes seres nos pareçam, só quem os tem sabe quão grande é a satisfação de ir recolher os seus ovos. Ainda hoje gosto de ir cuscar o ninho para trazer os ovos para o cesto da minha mãe, mas agora deixo o piqueno ir à minha frente.
Um dia destes, o miúdo aperta um ovo, parte-o e depois a minha mãe vem (sorridente!) anunciar-me a proeza da criança.
– “O quê?! Olha se fosse eu a partir o ovo, era ró-nhó-nhó! “ – rais’parta os avós que só servem para estragar os netos…